Programação de Novembro

Academia Problemática e Obscura
Programa de Novembro de 2008
Rua Deputado Henrique Cardoso, 30-34, Setúbal

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Dia 13, quinta-feira, às 21:30 horas

Debate, no âmbito do Ciclo de reflexão Setúbal: O Estado da Arte,
sob coordenação científica de Fernando António Baptista Pereira,
sobre o Teatro – ponto da situação,
entre Célia David e José Maria Dias.

Terceiro debate, onde o teatro, o seu ensino e suas práticas vão ser
discutidos, pelo Director do Teatro de Animação de Setúbal (TAS) e o
Director do Teatro Estúdio Fontenova, dois dos grupos que mais têm
contribuído para a história desta arte em Setúbal no Pós-25 de Abril
de 1974.

Dia 14, sexta-feira, às 21:30 horas

Debate O casamento Homossexual não passou na Assembleia
da República. E agora?

entre António Serzedelo, presidente da "Opus Gay" e Bruno Maia,
das "Panteras Cor-de-Rosa".

Muito embora o Estado geralmente aceite a documentação expedida
por instituições religiosas para estabelecer um casamento civil
em cartório de registos (em Portugal até 2007 apenas o casamento
religioso realizado pela Igreja Católica Apostólica Romana tinha
efeitos legais), isso não significa que o matrimónio (um rito
religioso) seja equivalente ao casamento civil. São duas esferas
de natureza e tradições completamente distintas no contexto do
laicismo do Estado republicano e democrático, muito embora isso
não seja reconhecido universalmente. O casamento civil vem mais
e mais sendo reconhecido como um bem público que é administrado
pelo Estado.
Surge, consequentemente, a questão da isonomia, quanto ao acesso
a este bem por parte da cidadania. A ideia de que o Estado
esteja a favorecer e desfavorecer certos segmentos da população
face aos benefícios e responsabilidades que acompanham o acesso
a este bem, começaram a ganhar popularidade nas últimas décadas
do segundo milénio,ao ponto de serem aprovadas leis específicas
permitindo o livre acesso ao casamento civil a qualquer casal
formado por duas pessoas adultas, desimpedidas e capazes de
auto-determinação. O casamento entre iguais é um casamento
celebrado entre pessoas do mesmo sexo legal (i.e. conforme
registado em suas certidões de nascimento).
Referido popularmente como casamento gay ou casamento
homossexual, é o tema proposto para este debate.

Dia 15, sábado, às 20:00 horas
Jantar Cultural musical, com o maestro Paulo Brandão.

Nasceu em Lisboa, em 1950 e iniciou os seus estudos musicais aos
quatro anos na Fundação Musical dos Amigos das Crianças.
Frequentou a Academia de Amadores de Música e o Conservatório
Nacional, onde se diplomou em trompa com Adácio Pestana, e em
composição, com Artur Santos, Elisa Lamas, Constança Capdeville e
Álvaro Salazar. Frequentou, em 1975, o Seminário de Composição
para a Nova Música, em Darmstadt. No ano seguinte ingressou no
Grupo de música Contemporânea de Lisboa. A convite da Fundação
Gulbenkian participou, em 1983, no "Curso Internacional de Dança
para Coreógrafos e Compositores Profissionais", em Surrey.
A partir de 1974 surgem as suas primeirascomposições. Em 1978 a
sua peça Colevisufonia I foi seleccionada pela Sociedade
Internacional de Música Contemporânea para o Festival "Dias
Mundiais da Música", em Helsínquia. Iguais distinções para as
peças Estigma e Aqueus Fire para os festivais de 1986, em
Budapeste, e em 1989, em Amsterdão. As suas obras têm sido
apresentadas no país e no estrangeiro, em festivais e concertos,
tais como: Encontros de música contemporânea de Lisboa; Bienal
de Zagreb; Semana internacional de música Gaudeamus; em Utrech;
Amesterdão e Zeist; 1º Festival Internacional de Música de Lisboa;
Tribuna Internacional de Compositores-Unesco, Paris; Festival de
Música de Florença; Rádio Argentina; Fundação Juan Miró de
Barcelona. Incluem-se no seu catálogo partituras para teatro,
cinema e bailado, destacando-se o trabalho,
desde 1976, com o Teatro da Cornucópia. Na sua colaboração em
encenações de Luís Miguel Cintra compôs para as obras Fausto,
apresentada em Paris no Centro G. Pompidou, e La Mort du Prince
apresentada no Festival de Avignon, etç. Colaborou também em
realizações teatrais do Teatro da Malaposta, Marionetas de Lisboa,
Teatro de Almada entre outros. Em Janeiro de 1993, foi-lhe
atribuído o Prémio da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro,
para a melhor criação musical de teatro referente ao ano de 1992,
pela banda sonora das peças, "Os cavaleiros da Távola redonda " e
" Onde está a música?",ambas produções do Teatro da Malaposta.
No cinema a sua actividade iniciou-se em 1977 com o grupo Zero e
o filme Nem Pássaro nem Peixe, de Solveig Nordlund, tendo composto
para vários outros filmes desta realizadora. Compôs igualmente a
música do filme A Ilha dos Amores, e das produções "A Ilha de
Morais" e "Testa de Ferro contra Abismo Azul" de Paulo Rocha.
Na área do bailado compôs partituras para as criações: " Flexões
e Reflexões" em colaboração com José AlbertoMarques, Ana Maccara
e Helena Coelho; "As Duas Serpentes" com o Grupo Amagarte;
" As Três Irmãs" , um projecto escolar em colaboração com a Escola
Superior de Dança com a orientação do coreógrafo Vasco Wallenkamp
e" Claudel e la dance"com coreografia de Leonor Beltran..
Foi até 2005 professor da classe de "Coro" do Conservatório Nacional,
e é director artístico do "Grupo Vocal Arsis" desde 1989, do "Coral
Públia Hortênsia" desde 1973 e integra a "Camerata da Cotovia",
dedicada à interpretação de Música Antiga com instrumentos da época.
É também membro da Scholla Cantorum "Solemnis". Divide actualmente
a sua actividade entre o ensino, a direcção coral e a composição.

Dia 20, quinta-feira, às 21:30 horas
As ostras do Sado, pelo Prof. Antunes Dias,
no âmbito das "Histórias da Margem Sul ".

"Histórias da Margem Sul" visa constituir-se como um ciclo informal
de reflexão em torno da memória colectiva de Setúbal e sua região,
com vista à discussão de aspectos particulares e gerais sua da
evolução histórica. A história da exploração das ostras faz parte
das actividades tradicionais, tendo sido uma das exportações mais
famosas de Setúbal, altamente valorizadas em França. Revisitar essa
actividade económica, de tão grande importância para inúmeras
famílias nos Séculos XIX e XX, é o intuito desta palestra proferida
pelo antigo director da Reserva Natural do Estuário do Sado e da
Reserva Natural do Estuário do Tejo.

Dia 21, sexta-feira, às 21:30 horas
Ilustração científica e pedagógica – uma história esquecida,
por Guida Casella.

Guida Casella é Licenciada em Belas Artes pela FBAUL e tem
um Mestrado em Ilustração Arqueológica pela University of Bath,
Reino Unido, cuja tese contemplou a História do Desenho
Arqueológico em Inglaterra e Portugal, analisando a produção de
imagens de cariz histórico e arqueológico do séc. XIX, sob a
categoria Estética do Pitoresco. (The Picturesque in
Archaeological / Historical Landscape Illustrations,Univ. Bath,
2005).
Após a Licenciatura em Pintura especializou-se em Ilustração
Cientifica, frequentando vários workshops de Ilustração
Cientifica, e através de um estágio profissional no Departamento
de Arqueologia e Antropologia no Royal Ontario Museum, Toronto,
Canadá. Iniciou a carreira de Ilustradora de Arqueologia
desenhando o polémico achado que foi sepultura do Menino do
Lapedo (Abrigo do Lagar Velho,Leiria, possível prova de cruzamento
de homo sapiens com homo neanderthal), publicado nacional e
internacionalmente.
Profissionalmente tem colaborado com diferentes Instituições como
o Instituto Arqueológico Alemão, o Instituto Português de
Arqueologia, o Instituto Português do Património Arquitectónico,
o Centro de Arqueologia Náutica e Subaquática, entre outros.
Realizando IlustraçãoCientifica de Achados Arqueológicos,
Levantamentos em Escavação, Painéis Museográficos e Infografia.
Tem proferido palestras em congressos e leccionado cursos de
Ilustração Arqueológica, Reconstrução Histórica, Divulgação de
Património para Museologia em várias instituições como Faculdade
de Belas Artes de Lisboa, Ar.Co, Instituto de Artes e Ofícios
da Universidade Autónoma, Instituto Geológico e Mineiro INETI,
Escola Profissional de Arqueologia de Mértola.
Recentemente interessa-se sobre a produção de imagens para
Marketing em Museus e Divulgação em Turismo Cultural e Serviços
Educativos. A sua missão é tornar acessível o património Histórico
e Arqueológico a um público mais vasto.

Dia 27, quinta-feira, às 21:30 horas
Debate, no âmbito do Ciclo de reflexão Setúbal: O Estado da Arte,
sob coordenação científica de Fernando António Baptista Pereira,
sobre as Artes plásticas e do espectáculo – ponto da situação,
entre Manuel Araújo e Leonardo Silva.

Quarto debate, onde as artes plásticas e do espectáculo, o seu
ensino e suas práticas vão ser discutidos, pelo Assessor Cultural
da CMS, Manuel Araújo e um jovem realizador de cinema,
Leonardo Silva.

Dia 28, sexta-feira, às 20:00 horas
Jantar Cultural, com Francisco Santana, sobre
As bruxas e curandeiros nos processos do Tribunal
do
Santo Ofício.

Historiador de enorme prestígio, académico das mais prestigiadas
agremiações científicas do país, Francisco José Ginjeira Santana
é o director da revista Olisipo. Licenciado em Histórico-Filosóficas,
para além da sua actividade docente, é investigador, tendo sido
bolseiro do ONIC. Debruçou-se sobre variadíssimos temas, como a
Aula do Comércio, à história da indústria, história de Lisboa,
história de grupos minoritários e história de marginais. Autor,
de entre muitas obras, dos três volumes da "Documentação avulsa
de Moçambique", autor e director, em colaboração com Eduardo
Sucena, do "Dicionário de História de Lisboa", também elaborou
um estudo dedicado aos processos da inquisição.

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